6.10.18

Doce cativação de 1657


O Conselho da Fazenda traça um sombrio retrato:
"Portugal se acha sem forças, nem ânimo para se sustentar, assim porque a Fazenda real, totalmente exausta nos juros, tenças, ordenados e outras consignações do bem público, não só falta para partidas grossas (grandes despesas) e pagar o que deve de justiça, mas ainda para despesas miúdas".
"Quantas vezes não há quinze ou vinte tostões para pagar um barco que traz os biscoitos dos fornos!".

Desaguisado autárquico 1748


Aqueduto das Águas Livres: aturado trabalho vs tolerável despesa
A proposta para a construção do aqueduto nasceu de um vereador da Câmara. Depois de discussões prolongadas, concordou-se lançar um imposto adicional sobre o preço da carne, do vinho, do azeite, do sal e da palha consumidos em Lisboa. A construção do aqueduto foi considerada pela população de Lisboa um ‘glorioso feito do povo’. 
Assim, no arco da Rua das Amoreiras, concluído em 1748, foi inicialmente colocada uma inscrição em latim: ‘No ano de 1748, reinando o piedoso, feliz e magnânimo rei João V, o Senado e o povo de Lisboa, à custa do mesmo povo e com grande satisfação dele, introduziu na cidade as Águas Livres desejadas pelo espaço de dois séculos, e isto por meio de aturado trabalho de vinte anos a arrasar e perfurar outeiros na extensão de nove mil passos’.
Eventualmente, o Marquês de Pombal ordenou “picar” as palavras, reescrevendo-as.
‘Regulando D. João V, o melhor dos Reis, o bem público de Portugal, foram introduzidas na cidade, por aquedutos solidíssimos que hão-de durar eternamente, e que formam um giro de nove mil passos, águas salubérrimas, fazendo-se esta obra com tolerável despesa pública e sincero aplauso de todos. Ano de 1748.’

7.6.18

16th century ‘Tech wars’


“Ninhua pessoa de qualquer condiçam que seja nom venda aos estrangeiros caravelas nem naus pera fora do reyno: nem as vaa laa fazer a estrangeiros: nem as frete pera fora do reyno: mais que por hu soo anno: e nom hu apos outro: nem tire pano de treu que se neste reyno faça: nem madeira: nem tavoado pera fazer navios fora do reyno: sob pena de qualquer ho contrairo fazer ser preso ate nossa merçe: e perder todos seus bens para nos”.
Ordenações de D. Manuel I

14.1.18

Chronicles on our troubled times

Thomas Piketty, 2016

170 Gabriel Zucman. Authorities would only need to come together and take control of the private securities custodians which currently fulfill this function. Clearstream and eurostream in europe, Depository Trust corporation in the US. Protection from permanent pillage.
69 About Liliane Bettencourt of L'Oreal. These are not entrepreneurs; they are heiresses, rentiers, who mainly busy themselves by fighting each other over money. A national tax system should by all logic tax them heavily, so that their shares might be gradually sold to less rich and more dynamic stockholders.

30.7.17

The new Odyssey

Patrick Kingsley, 2016
Guardian Faber Publishing

Between 2014 and 2016, 1,5 million crossed the Mediterranean in dodgy boats. In 2015, more than 850.000 left turkish shores. This is only 0,2 percent of total population of 500 million in Europe.
Lebanon houses well over 1 million of roughly 4.5 million total population.

11. Their voyages through the Sahara, the Balkans, or across the Mediterranean - on foot, on holds of wooden fishing boats, and on the backs of Land Cruisers, are almost as epic as that of classical heroes such as Aeneas and Odysseus. Just as both those ancient men fled a conflict in the Middle East and sailed across the Aegean - so too will many migrants today. Today's sirens are the smugglers with their empty promises of safe passage, the violent border guard a contemporary cyclops.


4.2.17

Portugal Ocidental

Rui Ramos, Observador: edição comemorativa segundo aniversário
"A nossa população urbana e suburbana dispensava a miséria e a repressão soviética. Aspirava à vida de um país da Europa Ocidental, com a liberdade dos ingleses, a vida intelectual francesa, a economia alemã, e a protecção social dos suecos. O PSD e o CDS correspondiam a essa expectativa".

E o PS também, talvez.

21.1.13

A Ironia do projecto europeu


Rui Tavares, 2012, Edições tinta-da-china


Even if you don't identify with the political underpinnings of many of the arguments and if some are not deeply explored or justified enough Tavares' writing is intellectually sound, crude and honest.

Fantastic analogy of present time Europe with Calvino's Il visconte dimezzato: the story of Viscount Medardo split in two perfect halves of good and evil. 

My English translation of some interesting bits:


- and not with keeping up to date with each minute of Brussel’s endless negotiations or with trying to grasp their poorly drafted texts and outcomes” (67)

“Transparency for itself does not solve our problem. The accumulation of (EU’s) small steps resulted in enormous complexity and a transparent view over that complexity does not help solve the problem. We are living a complexity crisis against which there is little transparency can do.” (68)


“The first (major trend) is the construction of an European Union in small, confused and dazzled steps, ever more distant from its citizens and closer to the abyss. A Union which speaks a language that is incomprehensible to its citizens and which now needs its citizens to understand her in order to save itself.” (Tavares 2012:13)

It is an open question if the EU’s transnational government experience will work. (27)
At the core of the European problem is a problem of language. Of language, not tongue. (40)Revitalize politics from below is an essential mission if we want to overcome the crisis and that is only possible if we bring meaning to words once again. (50)



“European leaders cannot are not able to communicate with a Union whose 500 million citizens are absorbed with surviving and fighting for their future and that of their descendants

He remembers two wonderful quotes:

“First, we have an absolute right to demand the whole cost of the war; second, we propose to demand the whole cost of the war; and third, a Committee appointed by direction of the Cabinet believe that it can be done,” Lloyd George.

“The ideas of economists and political philosophers, both when they are right and when they are wrong, are more powerful than is commonly understood. Indeed the world is ruled by little else. Practical men, who believe themselves to be quite exempt from any intellectual influence, are usually the slaves of some defunct economist,” Keynes.

30.11.12

Follow the Story - How to Write Successful Nonfiction

James B. Stewart, Simon & Schuster Paperbacks, 1998

A rich account of the building blocks of writing non-fiction. A useful walking cane to survive the mental maze of reporting, sketching and drafting the world around us. It is also a passionate account from a true craftsman.


8.8.12

The Penguin Guide to Finance

Hugo Dixon, 2000

Compact and analytical. Complex issues nicely simplified makes it for a nice, tidy intro into finance and the corporate finance world.Good to keep on the shelve for future reference.

13.11.09

Is China helping push Africa´s rise?

Partner, competitor or neo-colonizer? From Lisbon, Daniel Alvarenga

8.11.09

Pierre Falk

www.millebabords.org
Courrier Internacional, Maio 2009

"Não tenho verdadeiramente muito para dizer nem justificar. É assim e não de outro modo; não estou certo de ter razão, mas a minha vida e a minha participação na evolução do mundo são assim. Não me considero acima acima das leis, mas penso que podem ser transgredidas em alguns casos. Não me considero um Justo, um Militante, um Humanitário, um Defensor dos Direitos Humanos ou sei lá que mais. Não sou crente, não procuro elogios, não actuo por piedade nem por bons sentimentos, não sou a honra da França, não tenho nenhum orgulho nem proveito do que faço, é mesmo um ponto de honra nunca pedir qualquer comparticipação nas despesas. Sou apenas um ser humano à face da Terra que tem um pouco mais de sorte do que aqueles com quem se cruza... Então:SIM, há mais de seis anos, tento ajudar quanto posso as pessoas, outros cidadãos do mundo, a sobreviver melhor momentaneamente, alojando-os e pondo a funcionar a minha velha máquina de lavar roupa, por exemplo. A minha casinha representa um tempo de pausa e de repouso, onde são possíveis coisas elementares e vitais: sentar-se numa mesa para comer, dormir a contento em lençóis lavados, lavar-se, tomar duche, ir a uma casa de banho, cuidar de si, pentear-se, maquilhar-se, barbear-se, proteger-se da chuva, do frio, da angústia, do stresse quase permanentes, olhar para um mapa, trocar informações, falar, encontrar(-se), dizer, criar relações, cozinhar, brincar, rir... Por estes escassos momentos de vida roubados à adversidade, não me considero um delinquente, talvez um desobediente. "

4.9.09

O Empurrão de John Rawls – como nem sempre é mau responder a perguntas com perguntas

Depois de um par de noites em que a insipidez dos primeiros debates televisivos me aborreceram e deixaram cheio de saudades das minhas aulas de ciência e filosofia política resolvi deixar aqui, em jeito de aparte, alguma “food for thought” numa nota pessoal que se afasta do debate eleitoral (ou da falta dele) que nos atordoa o cérebro.

John Rawls foi quem mais me empurrou, dentro da minha paixão pelo estudo do poder nas suas mil dimensões, para o Liberalismo. Rawls e a sua famosa alegoria do “véu da ignorância”. Enquanto o estudava vi-me a mim mesmo transportado rapidamente para o desenho do seu jogo fictício no qual, qual “engenheiro social”, estabelecemos as regras do mundo ignorando a posição em que ficaríamos assim que o jogo começasse. Foi este exercício mental que “accionou” o meu lado Liberal. Aquele que acredita em como todos os bens sociais primários – liberdade, oportunidade, riqueza, e as bases do auto-respeito – devem ser distribuídas de forma igualitária a não ser que a sua distribuição não igualitária seja para o benefício dos menos favorecidos. Na sua hierarquia de valores, depois de ele próprio levar a cabo o exercício individual que desenhou, Rawls defendeu que a liberdade igualitária assume precedência em relação a oportunidade igualitária que, por sua vez, assume precedência em relação a uma igualdade de recursos.
Assim sendo , é justo que cada um tenha uma quota parte desigual dos bens sociais desde que este o seja merecido, se isto é o produto das escolhas e acções de um indivíduo. Naturalmente, esta acumulação é todavia injusta se esta desigualdade é fruto do acaso, circunstancial e/ou injusta. Concordo e identifico-me fortemente com estes princípios e daí o meu entusiasmo por este grupo de ideias. Ainda assim, em filosofia política, não existem teorias ou grupos de teorias imunes a críticas, nem bons pensamentos que não abram corredores a perguntas mais profundas e difíceis.

Fica a questão. Ninguém merece nascer com uma deficiência profunda, ou com um QI altíssimo de 135, da mesma maneira que ninguém merece nascer de um dos sexos ou etnia. O inquietante é que, muitas vezes, tantos os aspectos biológicos e naturais assim como as circunstâncias sociais são aspectos de sorte bruta e a justeza dos direitos e bens sociais, dos rendimentos, não deve depender da sorte bruta. Como avaliar e recompensar, incluir nas regras deste jogo, as escolhas e as acções de alguém que teve simplesmente a “sorte bruta” de nascer extremamente inteligente, mesmo que preguiçoso, com a de alguém que não o teve mas que é do mais dedicado e trabalhador que existe? Mais importante que encontrar respostas é muitas vezes aprender a fazer melhores perguntas. Isso todavia nem sempre nos alivia das dificuldades e dilemas que devemos ainda assim sempre procurar apaixonadamente e sem medo ao reflectir sobre os princípios que nos regem.

22.7.09

Histoire de la guerre froide

I. De la révolution d'Octobre à la guerre de Corée 1917-1950
André Fontaine
© 1965, Librairie Arthème Fayard

This book represents some notable archival research. Although it is more descriptive than analytical it does hold one of the key theoretical arguments regarding the answer to question of "when did the Cold War actually start?". André Fontaine defends that the seeds of the conflict should be traced back to the nature of the Soviet Revolution and the enjeux of the First and the Second World Wars.

Key insights and notes:

Introduction

7 Clausewitz - la guérre est un conflit de grands interêts par le sang et c'est seulement en cela qu'elle se distingue des autres conflits
8 Infant Juan Manuel - la guerre froide commençait sans declaration de guerre et s'achevait sans traité de paix
8 l'opinion courante fait-elle remonter le début de la "guerre froide" au printemps 1946, et très precisement au discours par lequel Churchill convia, à l'université de Fulton, dans le Missouri, les peuples de langue anglaise à s'unir pour faire face à la menace soviétique
10 moments clés de la guerre froide:
1918 - paix germano-russe de Brest-Litovsk
1939 - pacte germano-soviétique
Rupture entre Hitler et Staline
Discussions de Téhéran et de Yalta
1954 - déroulement de la crise indochinoise
1960 - sommet manqué
1962 - crise de Cuba
12 Est-il encore possible d'espérer que, de part et d'autre, on finira par reconnaitre ce qu'il y avait de fou dans la prétention de certains à ne vouloir donner d'autre choix à l'humanité pour régler les problèmes du Xxe siècle, qu'entre deux idéologies nées au XIXe, avant l'avion, l'atome, l'espace, l'information de masse, l'automation, la décolonisation et l'explosion démographique? Si cette histoire comporte une leçon, c'est avant tout une leçon de modestie. Ni le socialisme prétendûment scientifique ni le capitalisme prétendûment libéral ne fournit de solution toute fait aux problèmes de notre pauvre monde.
Que que soit l'avenir de sa tentative, le mérite de Gorbatchev est de l'avoir compris et d'en avoir tiré les consequences.
14 C'est en 1917 que se situent les deux événements qui l'ont (guérre froide) engendrée: l'entrée en guerre des états-unis et la révolution russe.

Before 1917

17 Doctrine Monroe - 1823
"Nous nous abstiendrons de toute ingérence dans les affaires du vieux monde, mais nous considérerons comme dangereuse… toute tentative des puissances monarchiques pour établir leur systéme politique sur le continent américain et comme inamicale… toute intervention contre l'indépendance des Républiques sud-américaines."
18 Dans la guerre de Sécession, les sympathies de Saint-Pétersbourg allaient évidemment en effet aux esclavagistes du Sud, tandis que la première Internationale câblait à Lincoln, sous la signature de Karl Marx: "Depuis le début de la lutte de titans dont l'Amérique est le théâtre, les travailleurs d'Europe savent que le destin de leur classe est lié au drapeau étoilé.
19 Theodore Roosevelt - "L'histoire de l'humanitéa débuté par une ère méditerranéene, elle a continué par une période atlantique et elle est actuellement dans une phase du Pacifique."
20 partagement du monde: en octobre 1944, encore entre Stalin et Churchill, répartition, chiffrèe en percentages, des zones de préponderance dans les Balkans.
24 l'erreur de Marx: l'appropriation collective, grâce à la dictature du prolétariat, de tous les moyens de production, ne peut intervenir que dans un pays de capitalisme avancé.

1917-1920

46 Trotsky - dans ma vie, le commandement placera les soldats devant le choix d'une mort possible à l'avant ou d'une mort certaine à l'arrière.
47 Le 2 Septembre 1918, la République des Soviets annonça qu'elle formait un seul camp retranché. A la terreur de la contre-révolution, le pouvoir des Soviets répondit par la terreur rouge. Les individus appartenant aux organisations des gardes blancs et ceux qui participèrent aux complots et aux émeutes étaient passibles d¡ecécution.
48 Churchill 1918 - la victoire du bolchevisme ne condusuit à la formation d'un empire militaire jacobin, puissant, animé de l'esprit national russe qui chercherait à reconquerir toutes les provinces russes évacuées et à diviser les populations de l'entente par une propagande révolutionnaire nourrie au moyen des ressources financières d'un État puissant.

1921-1931

57 Lénine 1918 - L'Histoire nous montre que la paix est une trêve pour la guerre, la guerre un moyen d'obtenir une paix un peu meilleure.
58 la nouvelle politique economique - la N.E.P. - "nous ne pouvon pas maintenir le pouvoir prolétarien dans un pays entièrement ruiné également; nous ne le pouvons pas sans le secours du capital qui nous arrachera, certes, 100%. Il faut comprendre cela. Ou bien cette forme de relations économiques, ou rien du tout." Le commerce privé est rétabli, la libre disposition des éxcedents de production rendue aux paysans, les investissements étrangers encouragés, le travail aux pièces autorisé.
Milovan Djilas : " Stalin va se employer avec l'insisibilité d'un Caligula, les raffinements d'un Borgia et la brutalité d'un Ivan le Terrible"
63 L'année 1929 qui dans le monde capitaliste sonne le début de la plus grande crise économique de tous les temps consacre son triomphe. Elle est marquée en Russie par les décisions qui façonnent le visage qu'on apprendra à lui connaître: mise en route du premier plan quinquennal, collectivisation des terres, accompagnées de la déportation de centaines de milliers, sinon de millions de Koulaks ou paysans riches, élimination des organismes dirigeants du parti, en attendant leur exécution, des opposants de droite, début enfin, à l'occasion de son cinquantième anniversaire, de la déification du dictateur.
65 Staline, 4 Décembre 1927 - Dogma of the inevitability of the war: guerre avec le monde capitaliste? Qu'elle est inévitable mais qu'elle peut être retardée jusqu'à ce que la révolution prolétarienne mûrisse en Europe, ou bien jusqu'à ce que se déclenchent les révolutions coloniales, ou encore jusqu'à ce que les pays capitalistes se battent entre eux pour le partage des colonies.
66 Comment expliquer l'échec de la révolution dans les pays le plus avancés? Lénine avance la théorie selon laquelle le superprofit fourni aux capitalistes par ñ'exploitation des pays coloniaux leur permet de corrompre les chefs ouvriers et cette couche supérieure que constitue l'aristocracie ouvriére.
67 le Congrès conclut que avec l'aide du prolétariat des pays avancés, les pays arriérés peuvent parvenir au régime soviétique et, en passant par certains stades de développement, au communisme, en évitant le stade capitaliste.
69 Trotsky - La révolution n'a pas besoin de diplomates. Je lancerai quelques proclamation révolutionnaires et puis je fermerai boutique.
72 Stalin - "une Allemagne forte est une condition nécessaire d'une paix solide en Europe", "Les Hitler passent, le peuple allemand reste"
76 Stalin et Chine - comme en Allemagne, Staline cherche moins à susciter la révolution, qu'à s'entendre avec ses gouvernants por rompre l'encerclement capitalist
78 16 janvier 1923 - Joffé et Sun Yat-sen signe le document c´lèbre dans lequel il se déclare d'accord pour estimer qu'en raison de l'absence de conditions favorables à leur application fructueuse en Chine, le Communisme ou même le système soviétique ne peuvent pas y être introduits.
81 1933, Tchang lance contre les communistes une offensive générale qui les obliges à se replier à l'autre bout de la Chine, à Yenan, dans le Shen-si, près de la Mongolie extérieure sous influence soviétique. C'est la longue marche, épisode héroique de la Révolution chinoise, au cours duquel tombent près de cent mille combattants rouges, au long d'une retraite de quelque dix mille kilomètres. Il faudra l'agression japonaise de 1937 et la guerre mondiale pour permettre à Mao de prendre la revanche.
83, 1921-1931 --- Hughes, le nouveau secrétaire d'Ètat, se refuse à rétablir des relations économiques normales avec les Soviets aussi longtemps qu'ils n'auront pas reconnu le droit de propriété, la liberté du travail, le caractère sacré des contrats et garanties, la vie de chacun.
84 - Franklin Roosevelt devait révéler lui-même en février 1940 que vingt ans plus tôt aux premiers jours du communisme il s'était rendu compte que beaucoup des chefs de la Russie allaient apporter une meilleure instruction, une meilleure hygiène et surtout de meilleures chances de réussite à des million d'êtres maintenus dans l'ignorance et le servage par le régime impérial.

1931-1938

97 Les États-Unis poussent l'isolationisme jusqu'à adopter en 1935, 1936 et 1937, les lois dites de neutralité qui mettent, en cas de guerre l'embargo sur les livraisons d'armes à tous les belligérants, sans faire de distinction entre agresseur et victime.
101 - ambassadeur Potemkine, "la Russie des Soviets est née de la première guerre mondiale. De la seconde naîtra l'Europe des Soviets.
106 - Chamberlain, le 2 janvier 1937, conclut avec Mussolini un gentlemen's agreement sur le statu quo en Méditerranée, puis Halifax, lord président du Conseil, se rend en personne chez le Fuhrer. Il se félicite d'avoir en empêchant le communisme dans sons propre pays interdit son expansion à l'Ouest. Il admet que des erreurs ont été commises dans le traité de Versailles et qu'il faut le corriger.

1938-1939

113 - 29 Septembre 1938, Chamberlain: " Combien il est horrible, fantastique, incroyable, a-t-il dit, que nous devions creuser des tranchées et essayer des masques à gaz à cause d'une querelle survenant dans un pays eloigné, contre des gens dont nous ne savons rien."
134 - Stalin a cherché jusqu'à la dernière minute quel serait pour lui le parti le meilleur… et le moins dangereux. Sceptique - comme le Fuhrer - quant à la volonté de se battre des Occidentaux, convaincu non sans raison qu'ils étaient profondément hostiles à tout ce qu'il représentait, peu soucieux d'engager son pays dans la guerre s'il pouvait l'éviter ou au moins l'ajourner, il les a abandonnés le moment venu, sans le moindre embarras. Au club des Grands, comme l'a ecrit le général de Gaulle, il y a autant d'égoismes sacrés que de membres inscrits.

1939-1940

146 Plus spectaculaire encore est la vente par l'U.R.S.S. au Reich de quantités très importantes de matières premières stratégiques dont certaines achetées pour son compte à l'étranger avec l'or russe. Le transit par le transsibérien du caoutchouc et du soja d'Extrême-Orient permettra à l'Allemagne de tourner le blocus.
157 Maisky - Nous vivons dans une période de changement, avait-il ajouté, tout peu arriver, et dans la jungle les animaux les plus dissemblables vont de compagnie si le sentiment de leurs intérêts communs paraît le leur conseiller.

1940-1941

169 - Ribbentrop - projet d'extension du à l'URSS du pacte triparti de 1939, sphères de influence:
Allemagne - mises à part les révisions territoriales à réaliser en Europe à la conclusion de la paix: Afrique centrale
Italie - sous les mêmes réserves : Afrique du Nord et du Nord-est
Japon - Extrême-Orient, au sud de l'archipel nippon
URSS - sud de la Russie, en direction de l'océan Indien. Détachement de la Turquie du système occidental, révision de la convention de Montreux en vue d'assurer aux seuls riverains de la mer Noire, y compris l'URSS le passage sans restriction des Détroits.
170 Conditions de Molotov
- Retrait immèdiat des troupes allemandes de Finlande,
- Conclusion d'un pacte d'assistance mutuelle soviéto-bulgare
- Octroi d'une base terrestre et navale à l'URSS eur le Bosphore et les Dardanelles
- Reconaissance de la zone sud de Batou, et de Bakou en direction du golfe persique comme centre des aspirations de l'URSS
- Abandon par le Japon de ses droits aux concessions charbonnières et petrolières dans le nord de Sakhaline
174 Staline crut sans doute possible d'apaiser le Fuhrer
Staline fait publier par l'agence Tass:
Avant même le retour à Londres de l'ambassadeur anglais cripps, mais plus encore depuis son retour, la presse anglaise et étrangère a répandu avec complaisance des rumeurs au sujet de l'iminence d'une guerre entre l'URSS et l'Allemagne. Ces rumeurs prétendent:

1 Que l'Allemagne aurait exigé de l'URSS diverses concessions territoriales et économiques et que des négociations auraient lieu prochainement entre l'Allemagne et l'URSS en vue de la conclusion d'un nouvel accord plus étroit
2 Que l'Union soviétique aurait rejeté ces exigences à la suite de quoi l'Allemagne aurait commencé à concentrer des troupes sur la frontière soviétique dans l'intention d'attaquer l'Union soviétique
3 Que de son côté. l'URSS aurait entrepis des préparatifs intensifs en vue d'une guerre contre l'Allemagne et concentré ses troupes sur la frontière allemande.
En dépit de l'absurdité manifeste de telles rumeurs, les milieux responsables de Moscou ont jugé nécessaire de déclarer qu'elles constituent une grossière manoeuvre de propagande de la part des forces coalisées contre l'Union soviétique et l'Allemagne, qui ont intérêt à voir la guerre s'étendre et s'intesifier…
Staline croit-il encore à la possibilité d'apaiser Hitler? Je savais que la guerre allait éclater, devait-il dire à Churchill en août 1942, mais j'espérais pouvoir gagner encore quelque six mois.

1941-1945

186 Staline - Ils voudraient nous faire saigner pour pouvoir nous dicter leurs conditions plus tard… Ils espèrent que nous perdrons Stalingrad et que nous serons ainsi privés d'un point de départ pour une contre-offensive.
191 Conférence de Téhéran - 29 novembre 1943, cette encontre marqua l'apogée de la collaboration sovieto-occidentale. Au delà des différences idéologiques, des arrière-pensées, des soupçons, des liens de solidarité avaient fini par se nouer, trempés du sang des meilleurs, dont la solidité a pu faire illusion.
196 Roosevelt --- comme la plupart de ses compatriotes, le président des États-Unis détestait le colonialisme européen en général et l'anglais en particulier. Mais son hostilité à l'imperialisme britannique ne se limitait pas à sa forme coloniale. L'ennui, confia-t-il également à Eliott, c'est que Winston Churchill pense trop à l'après-guerre et à la situation où se trouvera alors la Grande-Bretagne. Il a peur que les Russes ne deviennent trop forts. Il est fort possible que les Russes demeurent très forts en Europe. Reste à savoir si c'est un mal… je ne vois pas pourquoi on mettrait en danger la vie des soldats américains à seule fin de protéger des intérêts britanniques réels ou imaginaires sur le continent européen.
197 Ce n'est qu'à la veille de sa mort que Roosevelt comprit que, pour les Soviétiques, les mots n'avaient pas alors de signification en soi, mais seulement une valeur dialectique, essentiellement fugace, puisque dépendant totalement de la reálité et des desseins du moment.
198 ce qu'un MacArthur, champion , sept ans plus tard, de la croisade anticommuniste, déclarait au moment de Stalingrad: tous les espoirs reposent à l'ombre des drapeaux glorieux de la vaillante armée russe… l'ampleur de cet effort admirable en fait l'un des plus grands exploits militaires de tous les temps.

1941-1944

202 Une des premières actions communes de l'Angleterre et de l'Union soviétique consista-t-elle, dès l'été 1941, à occuper l'Iran, transformant ainsi un nid d'intrigues pro-hitlérienne en une voie d'accès bien commode pour le ravitaillement de la Russiem

1944

232 Generalle de Gaulle - Celle de 1939-45 n'était pas terminée que la suivante avait déjà comencé. De Gaulle avait été l'un des premiers à le pressentir. Maintenant la guerre est définitivement gagnée, avait-il declaré au soir de Pearl Harbor au colonel Passy, chef des services de reinsegnement. Et l'avenir nous prépare deux phases: la première sera le sauvetage de l'Allemagne par les Alliés; quant à la seconde, je crains que ce ne soit une grande guerre entre les Russes et les Américains
252 la conférence de Yalta fut marquée par une tentative des Occidentaux pour remettre en cause le partage que dessinait sur le terrain l'avance des troupes soviétiques et qu'avait enteriné, à l'avance, sur le papier, l'accord Staline-Churchill.

1945

266 Morgenthau - secrétaire du trésor de Roosevelt - proposition, désindustrialiser le Reich et de le vouer essentiellement à l'agriculture et à l'élevage. Soupe le matin, soupe à midi, soupe le soir.
273 Churchill, 27 Février --- l'impression que je rapporte de Crimée, c'est que le marechal Staline et les dirigeants soviétiques désirent vivre dans une amitié et une égalité honorables avec les démocraties occidentales.
280 Truman en 1941 - Si nous voyons que l'Allemagne est en train de gagner la guerre, nous devons aider la Russie. Si nous voyons que la Russie est en train de gagner, nous devons aider l'Allemagne et ainsi les laisser se tuer le plus possible.
26 juillet - ultimatum, qu'il ne serait ni détruit en tant que nation, ni réduit à l'esclavage, ni privé des libertés essentielles mais que ses forces armées devaient capituler sans condition, faute de quoi il devait s'exposer à une destruction complète et absolue
302 Une époque venait de s'achever. La disparition des ennemis communs dont l'agressivité les avait arrachés á leur isolationnisme révélait soudain à l'Amérique capitaliste et à la Russie soviétique et l'ampleur de leurs forces et l'incompatibilité de leurs ambitions. Il est rare qu'une alliance survive à sa victoire.

1945-46

311 Malgré l'horreur de l'éclair-tonnerre comme disent les Japonais, le nombre des morts d'hiroshima (71400) est inférieur à celui des victimes des bombardements classiques de Tokyo (83000 morts les 9 et 10 mars 1945) et surtout de Dresde (135000 les 13 et 14 février 1945), où les plaquettes au phosphore de la R.A.F. ont provoqué d'abominables incendies.
314 Sans la bombe, il est dificile d'imaginer comment les pays d'Europe occidentale auraient résisté à la contagion communiste, comment les états-Unis auraient pu s'engager formellement à les proteger
318 plan Baruch : remettre à un organisme international, l'autorité pour le développement atomique, la propriété des mines d'uranium et de thorium, celle du minerai et de la direction des usines de transformation qui devraient être réparties de manière équitable sur toute la surface de la terre.
319 mondialisme - petit acteur américain, Garry Davis déchire son passeport et se proclame citoyen du monde
324 - 5 Mars 46, Churchill à Fulton - l'âge de pierre peut revenir sur les ailes rayonnantes de la science… Prenez garde, vous dis-je; le temps peut être court… De Stetin à Trieste, poursuivait-il, un rideau de fer s'est abattu sur le continent. Je suis convaincu qu'il n'y a rien qu'ils admirent autant que la force et rien qu'ils respectent moins que la faiblaisse militaire

1945-47

344 doctrine Truman - les États-Unis doivent soutenir les peuples libres qui résistent à des tentatives d'asservissement par des minorités armées, ou des pressions venues de l'extérieur. Je crois que nous devons aider les peuples libres à forger leur destin de leurs propres mains. Je crois que notre aide doit consister essentiellement en un soutien économique et financier, indispensable à la stabilité économique et à une vie politique cohérente. - une mesure de guerre, qu'on n'avait pas eu le courage de présenter au peuple comme telle.
381 Il y a deux catégories de grands hommes d'État: César et Cincinnatus. Ceux qu'anime la passion du pouvoir, qui aiment dompter l'histoire. Et ceux qu'e n'ont d'autre idéal que le service de leur pays et de leurs compatriotes, hors de toute condidération personelle. Marshall appartenait sans aucun doute à la seconde.
399 L'Europe ne formera bientôt plus que deux partis ennemis: on ne s'y divisera plus par peuples et par territoires, mais par couleur et par opinion -- Napoléon à Las Cases

1940-50

433 Roosevelt, contre l'avis de Staline, qui avait peu de considération pour la Chine, insista pour qu'elle reçut le statut de grande puissance

11.6.09

Enquête sur les idées contemporaines

Jean-Marie Domenach
© Éditions du Seuil , 1981

Sweet, short, selective reflection about a handful of important ideas responsible for directly shapping politics and human life in the 20th century.

17 in the society of mass consumption the important is not to reflect and ponder about "being" but to change and affect institutions and life.
19 demonstrating vs. unravelling - les visions du monde qui s'èlaborent dans la seconde moitié du XIXe siécle (Marx, Nietzsche, Freud), ainsi que les sciences de l'homme qui prennent ensuite leur essor, sont employées à critiquer, à "dèconstruire" : on ne demontre non plus, on démonte.
20 Camus - Man as an animal forever looking for meaning
26 plus une doctrine devient irréelle et plus elle est tentée d'être totalitaire

Marxisme
25 Par une extraordinaire inversion, le marxisme qui se proposait de dissoudre les pouvoirs dans la société est devenu le fondement des pouvoirs totalitaires; le marxisme qui annonçait la suppression des classes, la réconciliation de l'homme avec lui-même et la fin de l'Histoire est devenu une idéologie polémique, dont la function - et la réussite - est d'accuser et de mobiliser: la meilleure arme dans la libération nationale, le plus court chemin vers l'État unitaire et planificateur.
34 A la glorification des héros , individuels ou collectifs, classiques ou romantiques, il substitue l'analyse des formations sociales: l'homme produit sa substance, matérielle et spirituelle; il se produit en même temps que les objets. L'histoire passe à travers le jeu des structures et des superstructures: elle est pratique et dialectique.
Karl Marx designed his theory of historical materialism around his understanding of what the "wishes" of the proletariat were to become and how he saw them evolving. It is their wishes which will open up the future, fulfilling their historical mission and overcoming "possibilities", uncertainty and unfairness.

50 l'objet du désir, ça se construit et sa s'invente
55 Nietzsche - Science will sink into itself, self-destruct by not embracing chaos, uncertainty and possibility. A quoi servent le progrés, la politique, la science?
59 capitalisme et socialisme sont les deux faces d'une même volonté de puissance qui blesse également la culture et la nature
60 Clavel - la foi en Dieu peut seule "garantir à l'homme ce que la philosophie et la science ne peuvent lui assurer […], son existence"
63 "la raison, aprés avoir détruit les mythes, devient elle-même un mythe, et le principe du totalitarisme". Cette raison manipulatrice, prédatrice, ne connait plus des choses que ce qui est utile à la production ou à la consommation.
67 Habermas, disciple de l'ècole de Francfort, décrit le capitalisme libéral comme un systéme depolitisé qui a pour but et pour idéologie son propre functionnement
69 H. Arendt - l'économie n'a cessé, depuis la Renaissance, d'envahir tous les secteurs de la vie publique et privée
70 Alors qu'en Asie la société predomine sur l'individu et que "la justice consiste a proportioner les fonctions sociales par rapport à l'ensemble", ici chacun prétend devenir l'égal d'autre, et la société n'est plus que le moyen d'articuler tant bien que mal une foule d'interêts individuels

Fondateurs du système
90 Les fondateurs du système tel que nous l'entendons aujourd'hui sont, à mes yeux, Marx et Cournot. Marx parce qu'il a conçu, le premier, la société comme un agencement complet où individus et représentations, groupes humains et forces productives se relaient et se transforment dans un "métabolisme général". Cournot nous introduit à une autre vision, plus actuelle, du système: selon lui, la raison l'emporte sur la passion, faisant prédominer le mécanique sur l'organique et la science sur la politique, laquelle n'est au fond que le résidu de notre ignorance.
98 Le système de la mafia, celui des totalitaires, ou même celui de l'informatique, dépendent d'une logique linéaire et binaire qui est à l'opposé de la nouvelle logique d'un système qui relie les structures aux autonomies et vit de sa propre transformation. Pour le penser, il faut en appeler à la poésie, à l'art, à la religion.

92 Comment se fait-il que l'homme soit capable de connaitre ce qu'est en dehors de lui, de comprendre les mécanismes d'un univers qu'il n'a pas fabriqué?
101 L'homme est incapable de désirer par lui seul: il faut que l'objet de son désir lui soit désigné par un tiers
111 On se frotte aux ideés comme les garçons se frottent aux filles, plus jeunes et moins dangereusement q'autre fois.
110 Les idées intéressent, certes, mais non plus comme si on devait en vivre ou en mourir; non plus comme si c'était d'elles que dépendait notre destin.

21.5.09

Confessions of an Economic Hitman

John Perkins
2004, Plume Books

The personal tale the book offers is telling. We go through the emotional setbacks of John Perkins' life. Witness how his job takes over all aspects of his life and how an intricate web of international intrigue and deception fall upon him, bringing dire ethical and moral questions. However, even though his argument on corporatocracy is interesting, it also is far from compelling. Many dots are not connected in the stories and the book lacks evidence and theoretical "spine" to support the vast generalizations made. One can't help but be left with the impression that the book touches a deeper worrying truth about the society we live in. At the same time John Perkins is also somewhat harsh when caricaturing all international dam and energy projects as inherently evil and imperialistic and as never benefiting the communities where they are being developed. All in all the book is a great, informed, gripping, easy read of the professional adventure of a lifetime.

13.5.09

Lisbon China File 1 (0.2), 26 April 2009
Editor: Daniel Alvarenga

Analysis – How Jackie Chan captured China’s characteristics as an Emerging Power

The week started with the polemic revolving around Jackie Chan’s comments where he wondered whether in fact Chinese people have the need “to be controlled”. Although it is hard to sympathise with anyone’s doubts over if it is good to have freedom or not, Jackie Chan’s comments, albeit not very sophisticated or academic in nature, do shed light with its crudeness on some of China’s strengths and weaknesses as an emerging power.
It has been government’s control, bureaucratic centralization in key sectors and protective assistance to its “global champions” that have helped boost China’s growth in the last few years. These global champions is the expression used to describe China’s “dearest” top companies to whom government has provided all different incentives and measures to facilitate their expansion abroad and their rise as top global multinationals.
China’s attractiveness as a political and economic model lies precisely in its obsession for control, coordination and slow, progressive change. This is easily noticeable in the recent debates regarding the rising influence of a so-called Beijing Consensus. The Beijing Consensus contrasts with the Washington consensus when it comes to privileging the domain of public ownership as the dominant and guiding force in the political economy of a state. It also prefers steady reforms and slower change to what Cheng Enfy from the Chinese Academy of Social Sciences calls “shock therapy” of more traditional neoliberal economic policy. There is one last fundamental difference between the Beijing Consensus and the Washington Consensus. Beijing believes that while countries’ cannot escape a progressive march towards an open globalized economy and easier integrated trade across nations, states should still thread carefully and attempt to be self-reliant in their economic growth strategies. This trend in the behaviour of China in its business and foreign affairs is likely to continue to be its trademark in the near future
At the same time that China and other BRIC countries are now pushing extremely hard for greater say in a revamped IMF which has come out very strong out of the G20 meeting and out of the financial crisis an extremely relevant phenomenon unfolds. Developing countries, particularly those with stronger ties to China are increasingly distancing themselves from the US dollar. Clearly further evidence of the global power shift in finance and political influence. Take the Indonesian Energy giant for example, Perusahaan Listrik Negara. In a telling example of how the dollar is slowly losing its weight and influence, the state electricity company is planning to swap its $2.36 billion in foreign currency needs into Chinese yuan this year with the objective of protecting itself from US dollar volatility and reduce foreign exchange transaction fees.


Daniel Alvarenga
Editor, Lisbon China File,

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China International
Russia, China ink Energy Pact
Jiang Yu – China and Russia have agreed to a package of deals on oil pipeline construction, crude-oil trade and financing and other projects pertaining to oil cooperation.

China car companies upstage leaders
Elaine Kurtenbach – Sales hit a monthly high of 1.1 million in March, outpacing US sales for the third straight month despite double-digit declines in other markets

Crisis Giving China a chance to assert itself
Ariana Eunjung Cha – As the global economic crisis has eroded faith in US-style capitalism, there is growing talk that a new “Beijing Consensus” will replace the long-dominant Washington Consensus on how developing countries should manage their economis.

BRIC nations want more power in IMF
Reuters- BRIC countries, including China, are insisting that the IMF consider issuing bonds as a way to raise capital. The countries would buy the IMF bonds, rather than extend support in loans.

China at Home

Chinese Company plans year’s top Initial Public Offering
Tina Wang – China’s biggest maker of extruded aluminium products by capacity is offering 1.4 billion new shares in Hong Kong at between 6.80 and 8.80 Hong Kong dollars each.

Macau’s Q1 Casino Revenue Rises, Suggesting Rebound
Bloomberg – Macau’s casino revenues rose in the first three months of 2009, signalling a recovery from the global economic slowdown and visa controls imposed on mainland Chinese visitors.



China recovering, Government says
Yi Gang – The economy is going forward as the stimulus package started working, the second quarter and remainder of this year will continue this recovery trend.

One way to boost US-China military cooperation
Kent Butts & Geoffrey Dabelko – Environmental security issues – and climate change in particular – could be among the most productive avenues for US-China military cooperation. The world's largest per capita emitter (the United States) and its largest total emitter (China) of greenhouse gases should identify specific areas for cooperation before the upcoming climate negotiations in Copenhagen, Denmark.

China disavows nuke energy co-op with North Korea
Wang Yiren – China has never had any cooperation with the DPRK in nuclear energy development

China and CPLP

China to Finance Angola’s Housing, Agriculture
Xinhua – Angolan Prime Minister Antonio Paulo Kassoma and the Chinese ambassador in Luanda on Wednesday discussed China's financial aid to Angola's housing and agricultural projects.

China File Extra

The China Blog
Time Magazine – A varied collection of daily blog cuts from Time Magazine political and economic China contributors. The themes range from China’s economic and political affairs to its social issues and daily life affairs including art and lifestyle.